Demandas das coops de artesanato são apresentadas ao governo

Em reunião na quinta-feira (7) com Milton Coelho, secretário nacional do Artesanato e do Microemprendedor Individual, representantes do Sistema OCB evidenciaram a entidade como parceira importante no fomento e desenvolvimento dos artesãos em cooperativas no Brasil. O encontro apresentou o movimento institucionalmente e buscou estreitar laços com a secretaria com vistas ao aprimoramento de políticas públicas que favoreçam o segmento.

O Sistema reúne atualmente 28 cooperativas de artesanato, que congregam mais de mil artesãos e artesãs. A movimentação financeira total registrada em 2022 foi de R$ 7,6 milhões. A diretora de Artesanato e Microempreendedor Individual, Elisabete Bacelar; a coordenadora-geral da Secretaria, Ana Beatriz Loureiro Ellery; o diretor de Fomento, Marcelo Strama; a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade, Fernanda Sobóia; e a coordenadora de Projetos, Luciana Soares Barbosa Neto, também participaram da reunião.

Eduardo Lima, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, destacou a importância da construção de um ambiente coletivo de debates. “Nosso objetivo é contribuir e apresentar sugestões que possam fortalecer as ações de fomento do artesanato no Brasil. Nossas cooperativas têm desenvolvido um trabalho muito assertivo nesse sentido e queremos ampliar as possibilidades de atuação delas, com a abertura de novos mercados e oportunidades”, afirmou.

As iniciativas já adotadas pelo Sistema OCB para formentar as cooperativas de artesanato foram apresentadas pelo analista técnico institucional, Alex Macedo. Ele citou, entre outros, o Programa de Negócios, que aplica diagnósticos e elabora soluções de acordo com a necessidade de cada cooperativa. “Trata-se de uma iniciativa que apoia a inserção em mercados para ampliar e diversificar a venda dos produtos, por meio da participação em feiras, rodadas de negócios e missões internacionais. Em 2023, levamos, por exemplo, dez cooperativas para a Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce). Durante o evento elas prospectaram R$ 62 mil em vendas nacionais e R$ 70 mil em negócios internacionais futuros, além de realizarem R$ 36,5 mil em vendas”, relatou.

Alex Macedo apresentou ainda a solução de marketplace exclusivo para cooperativas de todo o Brasil desenvolvida pelo Sistema OCB para facilitar a comercialização de produtos para outros estados e fomentar a intercooperação. “Já temos cinco cooperativas de artesãos com lojas cadastradas na plataforma e estamos trabalhando para ampliar esse número”, completou.

O secretário Milton Coelho também conheceu as demandas do setor junto à Pasta. Entre elas, o pedido para participar das discussões para aperfeiçoar e implementar um marco normativo para o segmento, a partir da regulamentação da Lei do Artesão (13.180/2015); e o apoio na aprovação dos Projetos de Lei (PL) 1.092/2023 e 4.673/2023. O primeiro institui o Fundo Nacional do Artesanato e o segundo, assistência financeira temporária aos artesãos. Ambos aguardam votação nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados e Senado.

No que diz respeito à ampliação de mercados, foi solicitado apoio do governo para que as cooperativas possam participar, por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), de feiras nacionais e internacionais, bem como de rodadas de negócios.

Milton Coelho ressaltou a relevância do cooperativismo como um instrumento fundamental para fortalecer o trabalho dos artesãos e artesãs. Além disso, expressou o compromisso da Secretaria Nacional do Artesanato e do Microempreendedor Individual em colaborar no desenvolvimento de políticas públicas que visem aumentar a renda e promover a dignidade no setor artesanal. As equipes técnicas da Secretaria e do Sistema OCB realizarão novas discussões para identificar soluções que impulsionem o cooperativismo no campo do artesanato.

 

Fonte: Sistema OCB